É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que eu sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto, mas o que eu digo. Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro, nos lábios - na língua principalmente -, na superfície dos braços e também correndo dentro, bem dentro do meu corpo, mas onde, onde mesmo, eu não sei dizer. [Clarice Lispector]
Beijos
Um ótimo domingo
Eliene Vila Nova
4 comentários:
É muito difícil falar se nós memas. Qualidades e defeitos.
As vezes, também me pego a perguntar que sou seu...
Beijos
Somente nós sabemos quem somos verdadeiramente ... alguns até "aguentam" essa verdade, outros procuram disfarçar... me enquadro nos que disfarçam, talvez ... muitos não estejam preparados pra saber quem sou.
Filosofando em Eliene, gostei!!!!
bj bj bj
Nossa, arrepiei!
Adorei o texto e sua foto fala mais que mil palavras!
Bjus amada!
estas palavras de clarice lispector sao bem parecidas com as da liv ulmann naquele livro mutacoes.
e sei queuma nao copiou da outra, nem tem como.
clarice e liv.
duas mulheres lindas e sensiveis que disseram em pouca palavras que nao podemos saber quem somos, pois a cada dia temos duvidas, crescemos, mudamos.
MUTAMOS.
e que bom.
que bom que mudamos e podemos dizer...hj sou assim??? ou nao? mas amanha serei diferente.
pra melhor
no seu caso, sempre pra melhor
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